Iniciamos mais um mês e vem chegando uma nova estação. Vamos nos despedindo das altas temperaturas. Setembro pode ser o momento com a chegada do outono de conhecer lugares bem próximos e desconhecidos pela grande maioria dos visitantes. Separei para hoje algumas opções, confiram. Pode ser uma boa para visitar nos dias de folga ou fim de semana.
Mais e mais viajantes optam pelas cidades desconhecidas da Espanha; destinos que abrigam uma grande paisagem e beleza histórico-artística e que são frequentados quase exclusivamente por moradores de sua comunidade autônoma e viajantes experientes. Lugares que não são freqüentados pelo turismo de massa porque se separam de rotas populares ou que, estando muito perto de um lugar muito famoso, passam despercebidos pela grande maioria dos visitantes.
Ea (Vizkaya)
O pequeno Ea não é apenas a cidade com o nome mais curto da Espanha, mas também a mais estreita; apenas uma ou duas ruas paralelas ao pequeno rio que lhe dá nome. Em Ea, tudo é minúsculo e encantador. Tem um pequeno porto que só tem água quando a maré está alta e em que a maior embarcação mal tem quatro metros de comprimento. Todos os pescadores devem aproveitar ao máximo a maré, porque, se atrasarem, poderão descobrir que não têm água suficiente para chegar ao porto. Sua praia muito estreita também é um desafio quando a maré aumenta, já que, por ser muito plana e profunda, os banhistas devem pegar sua toalha e seus pertences várias vezes para se afastar da água que avança. A tranquilidade encantadora da Ea remota e pouco acessível é apoiada por seu bairro, com dois dos destinos mais renomados da costa basca: a espetacular Baía de Lekeitio e a "vila suspensa no penhasco": Elantxobe.
Yeste (Albacete)
Esta cidade de Albacete é uma das aldeias desconhecidas mais inacessíveis do centro da península e quase de qualquer lugar. Yeste está envolta entre o reservatório de Fuensanta, o Parque Cazorla e Segura e o popular Parque Calares do Rio Mundo e o Sima. Mas é no lado oposto da entrada mais comum deste último parque: Riópar, então a visita aos Calares deste lado é muito mais solitária. Uma planície ampla e fértil domina a encosta do monte Yeste; seu isolamento forçado permitiu preservar seu caráter de reduto da fronteira (com o reino nazarí de Granada), com arquitetura, contornos e colonos cheios de charme. Ali por sinal, você encontrará a baixa oferta de acomodação.
San Martín de Trevejo (Cáceres)
Nas montanhas da Serra de Gata, existe uma das aldeias desconhecidas mais esquecidas, ainda mais do que as da região vizinha de Las Hurdes; San Martín de Trevejo está localizado em uma esquina entre Portugal e Salamanca, a mais de cem quilômetros da rodovia mais próxima. É um lugar onde o isolamento permitiu que seu próprio dialeto sobrevivesse, la Fala; desenvolvido por seus repovoadores galego-leoneses e enriquecido por seu bairro com Portugal. A arquitetura típica da região, sua singularidade etnográfica e a sensação de tranquilidade fazem dele um lugar muito especial. A escassa infraestrutura hoteleira da região pode ser compensada durante a noite no bairro Coria mais turístico, o local de partida habitual para quem vem de excursões.
Roda de Isábena (Huesca)
Em um lugar isolado no vale do Ribagorza (Huesca) fica a Roda de Isábena, um dos berços épicos da Reconquista. O vale que sobe em direção aos Pirineus pela margem do pequeno rio Isábena só foi relevante durante a Alta Idade Média, quando esta fortaleza se tornou a menor sede episcopal da Espanha, bem como um alvo militar desejado para as mesnadas do reino de taifa de Lleida. Longe das estradas principais e sem um grande parque natural nas redondezas, atualmente subsiste como um local de peregrinação requintado e minúsculo para os amantes da arte românica e da história medieval. As poucas opções de acomodação podem ser encontradas aqui neste link:
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San Martiño de Mondoñedo (Lugo)
San Martiño de Mondoñedo é uma vila de Lugo que abriga a basílica mais antiga da Espanha. Era a sede episcopal do famoso Santo Bispo e uma cidade próspera por fazer parte do Caminho do Norte de Compostela. Mas seu destino foi selado no ano de 1112, quando a rainha Urraca de León decretou que a residência de seu bispo fosse transferida para a vizinha Mondoñedo. Isso fez com que os peregrinos fossem diretamente de Ribadeo a Mondoñedo; razão pela qual a ausência de comerciantes e peregrinos condenou a localidade ao esquecimento, mas impediu que sua basílica fosse modificada (que, portanto, manteve suas formas originais). Atualmente, os conhecedores da melhor arte românica e os peregrinos que seguem o ramo do Caminho ao longo da costa (Ribadeo-Foz-San Martiño-Mondoñedo) o visitam. Para descobrir onde ficar lá, recomendamos procurar aqui:
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Mudando um pouco de foco, venho agora com as Catedrais. Há algumas delas que separei e em estando nestas localidades, poderá visitar.
São os tesouros românicos da Espanha
O românico, considerado o primeiro grande estilo internacional, capitalizou as manifestações artísticas européias dos séculos XI a XIII. Quando o românico na Espanha fez sua entrada isso quando já havia se desenvolvido em países como Itália e França. Foi através das ordens religiosas que fizeram a peregrinação a Santiago de Compostela através do Caminho.
Ao longo dessa jornada que se tornou um verdadeiro centro cultural da Idade Média, houve, como testemunhas da concepção do mundo que serviu uma época, verdadeiros tesouros que permanecem em pé depois de um milênio para nos oferecer suas maravilhas. Aqui está uma reunião dos melhores edifícios românicos da Espanha.
Catedral de San Pedro de Jaca
É uma das catedrais mais antigas e significativas do românico na Espanha. Sua construção começou no século XI, depois de se tornar a capital do reino de Aragão e uma sede episcopal. A Catedral de Jaca possui a característica planta basílica com três naves que se tornou um protótipo para outras construções semelhantes.
Sua decoração também é bastante característica, destacando decorações com motivos figurativos e vegetais. Para destacar o xadrez conhecido como jaque taqueado, motivo decorativo que mais tarde seria exportado para outros edifícios, como a Catedral de Zaragoza, por exemplo.
Infelizmente, no incêndio de 1440, foi danificado e o telhado de estilo gótico foi reconstruído, e o edifício original sendo distorcido. Mas se está por lá, vale muito a pena conferir.
Claustro de Santo Domingo de Silos
O mosteiro de Burgos em Santo Domingo de Silos foi construído nos tempos visigodos. Depois de ser praticamente abandonado na era muçulmana, foi o futuro Santo Domingo que empreendeu sua reconstrução e retornou à operação.
Embora a igreja e o resto do mosteiro tenham passado por reformas e mais reformas, novamente, no século XVIII, o claustro chegou intacto até hoje, tornando-se uma obra-prima românica na Espanha.
Sua beleza particular é evidente nos arcos de coluna dupla que os dois andares do claustro possuem, bem como em suas capitéis meticulosamente entalhadas e nos relevos dos machones. Eles narram cenas da morte e ressurreição de Cristo, como "A dúvida de São Tomé".
San Isidoro de León
Na cidade de León, encontramos a magnífica Igreja Colegiada-Basílica de San Isidoro. O templo em si é um grande complexo de estilos arquitetônicos que variam do românico ao barroco. No entanto, algumas das partes românicas que duram têm grande valor, como é o caso do Panteão Real, localizado ao pé da basílica.
O local onde a maioria dos reis de León descansa é coberto por uma decoração mural considerada um dos picos românicos, representando as belas pinturas dos ciclos litúrgicos do Natal, paixão e ressurreição.
Catedral de Santiago de Compostela
Finalmente, na última parada da estrada, encontramos a colossal Catedral de Santiago. Este templo, um dos mais fascinantes de todos os românicos na Espanha e no mundo. É o mais visitado, sem dúvida, foi construído para acomodar o crescente número de peregrinos que chegaram ao local depois de descobrir a tumba do apóstolo.
As obras para construir a catedral como a conhecemos hoje foram dirigidas pelo Maestro Esteban e Maestro Mateo, procurando um templo no auge da relevância que este local sagrado tinha e, a julgar pela monumentalidade, certamente eles conseguiram.
Impressiona as dimensões de sua abóbada de cano, mas muito mais a decoração escultórica de suas capas: A porta do Perdão, a das Platerías e o Pórtico da Glória é testemunha da evolução desde o hieratismo da escultura românica até o naturalismo da escultura. gótico se fazem presentes.
Todas elas são muito lindas. E merecem sua visita!!!
Vou terminando este Post de hoje. Sobre dicas e planos que separei não só para este mês. Mas todo o ano. Mas que aproveitem em suas localidades estas preciosidades espanholas se lhes sobrarem tempo e disposição em setembro.
Ao longo da semana venho com mais planos e dicas para suas tantas localidades e cidades na Espanha. Espero que gostem!!!
Até mais!!!
Fonte: España Fascinante
Tradução e Comentários : Carla V. Cunha Costa
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