terça-feira, 6 de agosto de 2019

A transformação digital: um caminho fácil?


"Empresas com pouca inovação e tecnologia são difíceis de sobreviver na próxima década." O que acha, sobre esta análise?

Segundo especialistas, a mudança se faz inevitável e as empresas que não estejam preparadas para tal, ficarão para trás.



As diferentes linhas de ação que estão sendo propostas às empresas para o sucesso no ambiente digital ainda meio que emergente, parecem  passar pela incorporação de novas tecnologias que, por vezes, não atingiram  ainda, um grau de maturidade suficiente.
Esse processo de transformação digital é contemplado tanto nos aspectos, funções ou processos internos (back office) quanto nas relações que a empresa mantém com os diferentes agentes externos, especialmente os clientes (front office).
Ocasionalmente, tecnologias emergentes  estão sendo implementadas em um tipo de vôo para frente, a fim de tentar permanecer na crista da onda e melhorar, ou pelo menos não perder, a posição no mercado atual.
Em geral, a adoção de novas tecnologias requer mudanças nos processos existentes, a fim de facilitar tanto sua implementação adequada quanto alcançar os benefícios e melhorias potenciais que se pretendem alcançar. No entanto, certas empresas, devido à sua natureza rígida e burocrática, mostram muita resistência às mudanças em seus processos internos. Essa resistência costuma ser um fardo pesado para a adoção de novas tecnologias, por não permitir uma acomodação adequada. No outro extremo estão aqueles em que não há grande resistência para realizar a reengenharia dos processos existentes. Essa adaptabilidade facilita a implementação tecnológica, alcançando níveis adequados de ajuste.
Novas tecnologias exigem que o fator humano revele todo o seu potencial. Uma primeira questão a considerar é a adequação entre o grau de treinamento dos funcionários e as características da tecnologia que está sendo incorporada. Mesmo assim, ter pessoal treinado é uma condição necessária, mas não suficiente. Além do treinamento, é importante que eles tenham uma atitude proativa e um alto grau de afiliados tecnológicos para que o processo de adoção não permaneça em aspectos superficiais, mas que a transformação digital atinja seu máximo desenvolvimento. Essas condições devem ser fomentadas em um ambiente de trabalho colaborativo, aberto, receptivo e proativo, no qual os trabalhadores encontram as condições ótimas de trabalho para aproveitar todo o potencial das tecnologias. Em resumo, é necessário conseguir isso com as seguintes características:
1. A empresa possui o conjunto de tecnologias adequadas (conjunto de ferramentas).
2. Os funcionários têm as habilidades, competências tecnológicas e atitude apropriada (qualificação).
3. Um clima organizacional, tanto em seus aspectos físicos e emocionais, que incentiva a inovação colaborativa e atua como um catalisador para a transformação digital para desenvolver adequadamente e permear toda a organização (mentalidade).
É possível identificar linhas de ação específicas destinadas a melhorar o grau de tecnologia com base nas deficiências identificadas, em termos da flexibilidade dos processos ou do potencial dos recursos humanos. No entanto, os mecanismos de mudança que são colocados para ter a capacidade de se adaptar ao novo ambiente tecnológico nem sempre dão os resultados esperados, e geralmente se desenvolvem em um ritmo muito mais lento do que o desejado. A falta de capacidade de reação que as empresas às vezes mostram diante do novo ambiente digital está facilitando o surgimento de novas empresas especialmente projetadas para ocupar o novo nicho de mercado que as mudanças tecnológicas geram. São empresas competitivas que costumam atuar como verdadeiras agentes de mudança digital, gerando grandes sinergias em torno delas que lhes permitem alcançar altos níveis de crescimento, inclusive deslocando aquelas que possuem modelos de negócios mais tradicionais. Eles são projetados desde o início para funcionar naturalmente no campo digital, uma vez que sua cadeia de valor, conjunto de ferramentas, conjunto de habilidades e mentalidade proporcionem um alto grau de tecnologia.
As mudanças parecem se sobrepor a tal velocidade que dificilmente é possível fazer conjecturas sobre a situação que as empresas terão que enfrentar em apenas uma década. O que parece claro é que aqueles que não têm um forte caráter inovador e um alto grau de tecnologia têm pouca chance de estar lá para vê-lo.
Texto de : Tomás Escobar Rodríguez é professor de Economia Financeira e Contabilidade na Universidade de Huelva. Segundo Prémio do Artigo AECA Award 2018
 Tradução e Comentários: Carla V. C.Costa


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